Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo VLPs dos tipos 6, 11, 16 e 18, licenciada para meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos; e outra contendo VLPs dos tipos 16 e 18, licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos de idade. Três doses: 0 – 1 a 2 – 6 meses. Contraindicada para gestantes. Mulheres mesmo que previamente infectadas podem se beneficiar da vacinação.
Hepatite A: duas doses, no esquema 0 - 6 meses. Hepatite B: três doses, esquema 0 - 1 - 6 meses. Hepatite A e B: três doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses. Hepatite A é vacina inativada, portanto, não contraindicada em gestantes. Já que no Brasil as situações de risco aumentado de exposição ao vírus são frequentes, a vacinação de gestantes deve ser considerada pelo médico nas gestantes suscetíveis. A vacina hepatite B é recomendada em gestantes. A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B.
Atualizar dTpa independente de intervalo prévio com dT ou TT. Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa a cada dez anos. Com esquema de vacinação básico para tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico. Para mulheres que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endêmica: recomenda-se a vacina dTpa combinada à pólio inativada (dTpa-VIP). A dTpa-VIP pode substituir a dTpa, inclusive em gestantes. Considerar antecipar reforço com dTpa: para cinco anos após a última dose de vacina contendo o componente pertussis para mulheres contactantes de lactentes. Durante a gestação: A melhor época para a aplicação da vacina dTpa em gestantes é entre a 27ª e a 36ª semana de gestação (permite transferência de maior quantidade de anticorpos maternos para o feto), mas a vacina pode ser recomendada a partir da 20ª semana até o momento do parto. Mulheres não vacinadas na gestação devem ser vacinadas no puerpério, o mais precocemente possível. A vacinação com dTpa deve ser repetida a cada gestação. A vacina está recomendada mesmo para aquelas que tiveram a coqueluche, já que a proteção conferida pela infecção não é permanente. Clique para ver o quadro de recomendação para gestantes.
Para suscetíveis: duas doses com intervalo de um a dois meses entre as doses. Vacinas de vírus atenuados são de risco teórico para o feto, sendo, portanto, contraindicadas em gestantes.
A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus da influenza. A vacina está recomendada nos meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gestação. Desde que disponível, a vacina influenza 4V é preferível à vacina influenza 3V, inclusive em gestantes, por conferir maior cobertura das cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.
Vacinas de vírus atenuados são de risco teórico para o feto, sendo, portanto, contraindicadas em gestantes. Contraindicada na gravidez, porém seu uso pode ser permitido após ponderação do risco/benefício da vacinação: 1) não anteriormente vacinadas e que residem em áreas de risco para febre amarela; 2) que vão se deslocar para região de risco da doença, na impossibilidade total de se evitar a viagem durante a gestação. Gestantes que viajam para países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) devem ser isentadas da vacinação, se não houver risco de transmissão. É contraindicada em nutrizes até que o bebê complete 6 meses; se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por pelo menos 15 dias e preferencialmente 30 dias após a imunização. Contraindicada para imunodeprimidas; porém, quando os riscos de adquirir a doença superam os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar sua utilização.
A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerão da situação epidemiológica. As vacinas meningocócicas conjugadas são inativadas, portanto sem risco teórico para a gestante e o feto. Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada.
Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica. Para gestantes, a vacinação deve ser avaliada pelo médico em situações de risco aumentado.
Esquema sequencial de VPC13 e VPP23 é recomendado para mulheres com 60 anos ou mais. (ver calendário do idoso). A VPC13 está licenciada a partir dos 50 anos de idade, ficando a critério médico sua recomendação nessa faixa etária. VPC13 e VPP23 são vacinas inativadas, portanto sem riscos teóricos para a gestante e o feto. Devem ser recomendadas para gestantes de alto risco para a doenca pneumocócica.
Recomendada para mulheres com 60 anos ou mais, dose única. (ver calendário do idoso). Vacina licenciada a partir dos 50 anos. Recomendada mesmo para aquelas que já apresentaram quadro de herpes zóster. Nesses casos, aguardar o intervalo de um ano, entre o quadro agudo e a aplicação da vacina. Em caso de pacientes com história de herpes zóster oftálmico, não existem ainda dados suficientes para indicar ou contraindicar a vacina. Uso em imunodeprimidos: a vacina não deve ser empregada em indivíduos com estados de imunodeficiência primária ou adquirida ou em uso de terapêuticas em posologias consideradas imunossupressoras.
Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica. Para gestantes, a vacinação deve ser avaliada pelo médico em situações de risco aumentado.
Histórico Vacinal | Conduta na Gravidez | Conduta pós a gravidez |
Previamente vacinada, com pelo menos três doses de vacina contendo o toxóide tetânico. | Uma dose de dTpa a cada gestação. | Fazer dTpa no puerpério, se não vacinada durante a gestação. |
Em gestantes que receberam vacinação incompleta tendo recebido uma dose de vacina contendo o toxoide tetânico na vida. | Uma dose de dT (a qualquer momento) seguida de uma dose de dTpa (entre a 27ª e 36ª semanas de gestação), sempre que possível respeitando intervalo mínimo de um mês entre elas, no esquema 0 - 2 meses. | Fazer dTpa no puerpério, se não vacinada durante a gestação e completar esquema para o tétano com dT. |
Em gestantes que receberam vacinação incompleta para tétano, tendo recebido duas doses de vacina contendo o toxóide tetânico na vida. | Uma dose de dTpa | Fazer dTpa no puerpério, se não vacinada durante a gestação. |
Em gestantes com vacinação desconhecida. | Duas doses de dT e uma dose de dTpa, sendo que a dTpa deve ser aplicada entre a 27ª e a 36ª semana de gestação. Adotar esquema 0 - 2 - 4 meses ou 0 - 2 - 6 meses. | Fazer dTpa no puerpério, se não vacinada durante a gestação e completar esquema para o tétano com dT. |
OBS.: Na falta de dTpa, substituir por dTpa-VIP. |
Vacinas | Doenças Evitadas | |
HPV (Papiloma vírus humano) Saiba mais |
HPV (PAPILOMA VÍRUS HUMANO)2 | |
Tríplice Viral Saiba mais |
Sarampo, caxumba e rubéola2 | |
Hepatite A, B ou A+B Saiba mais |
Infecção pelo vírus da hepatite A e/ou da hepatite B2 | |
Tríplice bacteriana tipo adulto (dTpa) / Dupla bacteriana (dT) Saiba mais |
Difteria, tétano e coqueluche (dTpa) / difteria e tétano (dT)2 | |
Catapora (Varicela) Saiba mais |
Catapora (Varicela)2 | |
Gripe (Influenza) Saiba mais |
Gripe (Vírus influenza)2 | |
Febre Amarela Saiba mais |
Febre amarela2 | |
Meningocócica conjugada ACWY Saiba mais |
Doenças causadas pelos meningococos dos sorogrupos A, C, W e Y (ex.: meningite meningocócica)7,8 | |
Meningocócica B Saiba mais |
Doenças causadas pelo meningococo sorogrupo B (ex.: meningite meningocócica)5. | |
Pneumocócicas Saiba mais |
Infecções invasivas (sepse, meningite, pneumonia e bacteremia) e otite média aguda (OMA), causadas por alguns sorotipos do Streptococcus pneumonia2 | |
Herpes Zóster Saiba mais |
Herpes-zóster10 | |
Para acessar as referências bibliográficas desta seção,clique aqui, ou Saiba mais aqui    -    BR/VAC/0095/16 – Setembro/2016 |